SAUDAÇÕES E BOAS VINDAS

LOUVADO SEJA NOSSO SENHOR JESUS CRISTO! PARA SEMPRE SEJA LOUVADO!

Caríssimos e amados irmãos e irmãs em Nosso Senhor Jesus Cristo! Sêde BEM-VINDOS!!! Através do CATECISMO, das HOMILIAS DOMINICAIS e dos SERMÕES, este blog, com a graça de Deus, tem por objetivo transmitir a DOUTRINA de Nosso Senhor Jesus Cristo. Só Ele tem palavras de vida eterna. Jesus, o Bom Pastor, veio para que Suas ovelhas tenham a vida, e com abundância. Ele é a LUZ: quem O segue não anda nas trevas.

Que Jesus Cristo seja realmente para todos vós: O CAMINHO, A VERDADE, A VIDA, A PAZ E A LUZ! Amém!

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Página da História do Concilio Vaticano II - COLEGIALIDADE

    "Mons. D'Souza, Arcebispo de Bhopal, criticou os Cardeais Browne e Ottaviani por raciocinar como se a votação indicativa de 30 de outubro 'fosse nula ou inexistente porque a colegialidade ainda não tinha sido definida juridicamente(...) O bem comum da Igreja, continuou o Arcebispo, seria grandemente servido 'se uma forma de Senado, por assim dizer, se constituísse de bispos de diversos países, e pudesse governar a Igreja com o Sumo Pontífice'. Mas seria ainda mais desejável, 'que, de um lado se restringisse o poder da Cúria Romana, e de outro lado os bispos recebessem, para o desempenho de seu ofício, todas as faculdades que lhes pertencem por direito comum e por direito divino'. A Sé apostólica, acrescentou, 'conservaria o direito de reservar para si os casos que o bem da Igreja Universal pede que ela retenha'. Esta intervenção foi longamente aplaudida. (...) 

   Eu (ou seja, o autor Padre Ralph Wiltgen S.V.D.) tinha uma entrevista com o Cardeal Ottaviani na casa dele, para esclarecer um assunto. Entrando no recinto, ele se sentou e depois, com um ar preocupado e ausente, me disse: 'Estou saindo de uma reunião da Comissão de Teologia. As coisas estão ficando ruins; os franceses e os alemães conseguiram unir todo o mundo contra nós (...)'

   Dez dias após o embate Frings-Ottaviani, ao qual a imprensa deu grande destaque, fui abordado por Mons. Romoli, Bispo dominicano de Pescia, que passara oito anos no Santo Ofício. Ele me perguntou se eu tinha interesse em uma informação para o Divine Word News Service sobre o relatório do procedimento de condenação seguido pelo Santo Ofício. Tinha informado sua intenção ao Cardeal Ottaviani, que ficara de acordo. Eu (Padre Ralph) lhe garanti que publicaria a informação com prazer.

   Perguntando-lhe se era verdade que o tribunal supremo da Igreja condenava um acusado sem o ter ouvido previamente, Mons. Romoli me respondeu: 'É preciso distinguir. Se um membro da Igreja acusa outro de um crime de competência do Santo Ofício, o acusado é sempre ouvido, e tem toda possibilidade de se defender. Ele pode ter a assistência de um advogado aprovado pelo tribunal. As precauções tomadas para salvaguardar o acusado neste caso são tão grandes e minuciosas que poderiam talvez parecer excessivas'.

   Mas, observou, é completamente diferente no caso de condenação de obras publicadas, 'pois aí se trata de teorias que, consideradas em si mesmas, trazem o risco de prejudicar a integridade da doutrina de Igreja e a salvação das almas'. Nestes casos, acrescentou, 'quando a ortodoxia da doutrina católica não é claramente exposta, ou é posta em questão, o Santo Ofício não ouve sempre a parte interessada antes de pronunciar o veredicto'. Neste gênero de condenação, disse ele, não são as intenções do autor que são postas em questão ou condenadas; o tribunal leva em consideração apenas suas teorias consideradas em si mesmas.

   Perguntado se não seria mais humano questionar um autor antes de lhe condenar os escritos, Mons. Romoli respondeu que isto seria perfeitamente possível no caso de um manuscrito ainda não publicado. 'Mas, uma vez difundidas as doutrinas erradas ou falsas, para que serviria um tal interrogatório?' Em nada mudaria quanto à influência exercida pela obra publicada sobre o mundo católico. 'Antes de condenar uma obra publicada ou de difundir um solene Monitum a seu respeito, o Santo Ofício leva a efeito uma longa investigação séria e escrupulosa, consultando especialistas altamente qualificados pertencentes a grupos linguísticos e nacionais diversos, para que seu julgamento seja incontestavelmente objetivo e certo. Acontece que estas investigações duram vários anos, tão grande é a delicadeza com que o Santo Ofício trata esta matéria'.  

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